O câmbio é um dos temas mais debatidos no Brasil. Nos últimos meses, o dólar (USD) tem passado por uma intensa volatilidade frente ao real (BRL). Entender o que move essa taxa é essencial para quem acompanha a economia.

Neste artigo, vamos explorar os principais eventos que impactaram a cotação do dólar PTAX — a taxa oficial de referência do Banco Central do Brasil — de abril a julho.


Abril: Tensões Globais e Juros Altos

Em meados de abril, o dólar operou em torno de R$ 5,81, pressionado por duas forças principais:

  • Tensões Comerciais EUA-China: A escalada de atritos e a imposição de novas tarifas entre as duas maiores economias globais aumentaram a incerteza no mercado.
  • Selic no Brasil: A taxa de juros brasileira (Selic) mantida alta, em aproximadamente 14,25%, atraiu capital estrangeiro. Os investidores buscam retornos maiores, o que fortalece o real via o chamado “carry trade”.

No final de abril, a taxa se estabilizou em R$ 5,67. Essa estabilização foi impulsionada pela entrada de capital e por um superávit comercial robusto (mais exportações que importações).


Maio: Dólar Global Fraco e Cortes de Juros

O mês de maio trouxe uma nova dinâmica. No dia 27, o dólar chegou a testar uma mínima próxima de R$ 5,61. Os fatores determinantes foram:

  • Dólar Global Mais Fraco: O USD perdeu força internacionalmente após o downgrade da dívida soberana dos EUA pela agência Moody’s.
  • Expectativas do Fed: O mercado passou a precificar possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), o que torna o dólar menos atrativo globalmente.
  • Exportações e Juros no Brasil: O diferencial de juros favorável e a melhora nas exportações brasileiras continuaram a sustentar o real.

Junho e Julho: Inflação nos EUA e Novas Tarifas

A tendência de queda do dólar continuou em junho e início de julho:

  • Final de Junho (R$ 5,48): O dólar renovou mínimas impulsionado pelo relatório de inflação PCE abaixo do esperado nos EUA (1,9% ao ano), diminuindo a pressão sobre o Fed. Além disso, decisões domésticas sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também influenciaram positivamente o mercado.
  • Começo de Julho: O dólar acumulava uma queda de 12% no semestre, refletindo a instabilidade institucional nos EUA (dívida e possíveis interferências no Fed).

No entanto, o cenário mudou abruptamente no dia 9 de julho, quando o ex-presidente Trump elevou as tarifas sobre produtos brasileiros para 50%. Essa notícia impactou o câmbio imediatamente.

Em 10 de julho, o dólar subiu para R$ 5,583, mostrando como a política externa americana continua sendo um fator crucial na volatilidade do câmbio no Brasil.


O Que Isso Significa?

A flutuação do dólar é resultado de uma combinação complexa de fatores:

  • Eventos globais: Tensão geopolítica, decisões do Fed e a saúde da economia americana.
  • Fatores locais: Taxa Selic, entrada de capital estrangeiro e desempenho da balança comercial brasileira.

O cenário segue dinâmico, e a cotação do dólar continuará a refletir o equilíbrio entre esses diferentes elementos.

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